sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Miradouro Panorâmico de Monsanto





Ao cuidado da Câmara Municipal de Lisboa

O Miradouro panorâmico de Monsanto, no seu estado actual, está num estado lastimoso.
Grafitado (com assinaturas), estuque a cair, degradado, cheio de lixo nos caixotes e no chão, escadas perigosas sem iluminação, etc.
Enfim, um  verdadeiro mamarracho no meio daquela deslumbrante paisagem de Monsanto.



Já foi restaurante, discoteca, bingo...um passado glorioso, e caro certamente. Tem até uma bela escultura numa das paredes e uma «rosa-dos-ventos» desenhada no chão, que têm valor artístico.




E, como em muitos outros casos no nosso país, agora para ali está abandonado e sem préstimo.



Nestes dias de altas temperaturas, só a brisa fresca e a paisagem que se avista da cidade de Lisboa valem a pena. E lá no alto, até havia quem fizesse pic-nic com música e tudo. 



Entretanto, tomei conhecimento que se ia lá realizar o Festival  Iminente, nos dias 21, 22 e 23  de setembro, que se muda este ano de Oeiras para lá. Esperemos que os verdadeiros artistas de Arte Urbana consigam dar ao Miradouro um aspecto melhor do que aquele que tem agora.




quarta-feira, 29 de agosto de 2018

«Livro» de Luisa Ducla Soares

                                                           quadro de James Tissot


Para algumas pessoas os livros são objectos imprescindíveis, sem os quais não conseguem viver.
Ler um livro (ou uma revista, jornal…) é a melhor forma de ocuparem o seu tempo livre, é uma descoberta, uma aventura, um mistério, uma conversa com alguém.
Mesmo no tempo presente, em que é possível ler um livro ou um jornal noutros suportes (telemóvel, tablet…) há pessoas que não substituem o livro de capa e folhas por um ser virtual, como se fosse «algo invisível» que anda por aí e que só alguns podem ler.
Eu sou uma dessas pessoas, eram a minha companhia quando era criança e jovem, a família era pequena, restavam-me os livros. E porque gostava mesmo de ler e de aprender coisas novas.
Não entrando em debates sobre se o livro-objecto vai ou não ser substituído pelo livro-virtual, aqui fica este pequeno poema de Luisa Ducla Soares, que diz tanto em tão poucas palavras.

Livro
Livro
Um amigo
Para falar comigo
Um navio
Para viajar
Um jardim
Para brincar
Uma escola 
Para levar 
debaixo do braço.
Livro
Um amigo
Para falar comigo.

Luisa Ducla Soares, Poemas da Mentira e da Verdade