sexta-feira, 30 de março de 2018

«Que é ser inteligente» de Albert Jacquard



Albert Jacquard foi um cientista e ensaísta francês, que publicou vários livros sobre genética.
Foi membro do Comité consultivo Nacional de Ética.


Que é ser inteligente de Albert Jacquard é um pequeno livro de 88 páginas, da Editora Terramar, que todos deviam ler e reler.
Os governantes de Portugal e do mundo inteiro deviam relembrar os ensinamentos deste cientista em 1989.



Transcrevo estas linhas:

Mas afinal o que é a inteligência?
É como se, quando tu nasceste, te tivessem dado uma grande folha de desenho e tintas de todas as cores. Desde então, a cada momento, tu agarras no pincel para traçar umas formas. É assim que, pouco a pouco, vais fazendo surgir no papel uma paisagem e uma casa. Depois resolves acrescentar cores. Dia após dia o teu desenho vai-se enriquecendo e ficando mais bonito, Como a tua inteligência. Sempre que pões o cérebro a trabalhar, que levantas questões e que observas o que te rodeia, tornas-te mais inteligente. Ao utilizares o teu cérebro torna-lo capaz de mais proezas. É ao contrário de uma pilha, que vai ficando gasta à medida que é utilizada.
O cérebro, pelo contrário, gasta-se quando não nos servimos dele.
É maravilhoso, não achas?







sexta-feira, 2 de março de 2018

«Gritar contra a guerra» de Isabel del Toro Gomes



Porque razão os homens se matam uns aos outros, até à destruição total dum país, só parando quando já nada resta?
Quem poderá parar a guerra na Síria, onde se matam diariamente centenas de pessoas, há pelo menos 7 anos?
Nem a ONU, nem a Unicef, nem ninguém tem conseguido que se cumpra o cessar-fogo. 
E o horror continua a ser imposto às crianças e a toda a população daquela região. 
Um flagelo, um país destruído, uma mágoa para todos nós, que gritamos e lutamos como podemos para que haja paz no mundo. 


Gritar contra a guerra

Por todo a terra

Morrem crianças

Que não poderão vir a ser

Homens nem mulheres com esperança

Que nunca poderão

Viver o dia de amanhã.



Que terão sempre tristeza 
Dentro do seu coração
A terra que lhes foi roubada
A casa que foi destruída
Os pais os avós os tios
Mortos, desaparecidos.

Pobres crianças do mundo
Belas borboletas de asas cortadas
Papoilas rubras já desbotadas
Sem futuro, sem amor
Sem memória, sem nada.


Pobres crianças do mundoPétalas que caem da flor mais bela
Dum jardim ferido e abandonado. 

                                                               Isabel del Toro Gomes