domingo, 18 de agosto de 2013

«Canto de mim mesmo» de Walt Whitman

 Walt Whitman (1819/1892)

XIII

(...)
As minhas pegadas assustam os patos quando vagueio longe durante todo o dia,
Juntos levantam voo, descrevendo lentos círculos.
Eu creio nesses desígnios alados ,
E conheço o vermelho, o amarelo, o branco misturado dentro de mim,
E acho que o verde e o violeta e a poupa têm um sentido,
E não considero inútil a tartaruga só por ser aquilo que é,
E o gaio dos bosques nunca estudou música, mas para mim canta tão bem,
E ao ver a égua baia envergonho-me da minha simplicidade.

                                           Walt Whitman, in Canto de mim mesmo

 



Sinto a mesma admiração e fascínio pela natureza que Walt Whitman sentia, a sua suprema perfeição de que só a raça humana é excepção.
E nos tempos que correm em que tantos erros se cometem contra o nosso Planeta e todos os seres que o habitam, vale a pena recordar este poeta.

3 comentários:

  1. Que palavras encantadoras! Quero mais!Lindíssimo.
    Também eu adoro a natureza e todos os seus matizes. Visita o meu blogue troubleonearth.blogspot.com
    Obrigada por estas palavras deste grande senhor.

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  2. Isabel, diz-e, se souberes, o título original deste poema. tenho estado a procurar, mas não encontro. Beijinhos e obrigada.

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  3. Olá, Dulce. Ainda não te tinha visto, desculpa.
    Tirei este excerto do livro da Assírio & Alvim que se chama mesmo «Canto de mim mesmo», é uma edição bilingue, tem os poemas em inglês dum lado e português do outro. Para ti é muito interessante. O poema está dividido em numeração romana e aquele é um pequeno excerto do número XIII. Se quiseres posso emprestar-to quando for lá à escola. Vou ver o teu blogue. Beijinhos

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