quinta-feira, 12 de julho de 2012

«Crepúsculo» de Isabel del Toro Gomes















Crepúsculo


Cada dia tem um fim
Um pôr-do-sol no horizonte
Depois...o recomeço.

Dizemos «Até amanhã»
Sem saber se haverá um amanhã
Ou se será o esquecimento.

Despede-se o dia, esvai-se a luz
Num céu rubro, em chamas
Até o violeta se esfumar lentamente.





Aí surge o astro branco que conduz
Os poetas, os deserdados
Os sofredores enamorados.

Sobe altivo, furtivamente
Das negras águas do mar
onde o sol se pôs, candente.

E de novo a terra se ilumina
E tudo recomeça...
Ou se esquece, enfim.




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