segunda-feira, 19 de setembro de 2011

«Ericeira» de Isabel del Toro Gomes



Ericeira

Praias da Ericeira

Com aquele cheiro salgado

A mar a rochas e  algas

Que penetra nas pupilas

Nos atormentados corpos

Estirados na areia

Pela pele e pela alma

E os deixa inebriados

Bêbados de sol e de azul

Desejosos de mais calor

Mais amor mais tudo



Noites da Ericeira

À luz do luar

Em que a terra toda se banha

Nas mansas ondas da maré baixa

Ouvindo a ressaca…

Há corpos e ondas que se entrelaçam

No mar alto ou no areal

Perdidos da vida e da noite

Em busca do alimento que há-de vir

Na longa campanha de dor…

Até que tudo se acalma

Na madrugada fria

Com o canto da rola que desperta

Para mais um dia.


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